O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, negou na última sexta-feira (13) que o governo fará mudanças no modelo atual de planos de banda larga fixa. Um dia antes, em entrevista ao site de notícias Poder 360, Kassab disse que o governo autorizaria a limitação de dados da banda larga fixa, com a liberação de venda de pacotes de acesso limitado pelas operadoras. A declaração causou polêmica entre os consumidores de banda larga nas redes sociais.
O próprio presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Juarez Quadros, desmentiu o ministro, afirmando que Kassab “se equivocou” sobre o novo modelo em debate com as operadoras.
Porém, entre as declarações de Quadros e o desmentido oficial de Kassab, a célula brasileira do grupo hackerativista Anonymous resolveu vazar dados pessoas do ministro e sequestrar a base de dados da Anatel como forma de aviso. Na página oficial do grupo no Facebook a mensagem era: “O governo voltou atrás, mas o nosso aviso é permanente. Esse vazamento é uma pequena demonstração do que somos capazes de fazer contra um governo que parece ter perdido o medo do povo. Não tem problema, nós estamos aqui para lembrá-los”.
O Anonymous vazou dados pessoais de Kassab como números de telefone e celulares, telefones de familiares, endereços, CPF, patrimônios e outros. Procurada, a assessoria de Kassab afirmou que não vai se manifestar sobre o vazamento. A veracidade das informações divulgadas não foi confirmada. Também não há notícias de que o ministro tenha decidido negar o que havia dito antes a partir do vazamento de informações pessoais.
Atualmente, as operadoras de serviços de internet em banda larga fixa estão proibidas por decisão cautelar de restringir a velocidade, suspender serviços ou cobrar excedente caso seja ultrapassado o limite da franquia. Segundo a determinação, ficou estabelecida multa diária de 150 mil reais em caso de descumprimento, até o limite de 10 milhões de reais. (pulsar/rba)