Apenas três nutricionistas atendem mais de 2 mil e 100 escolas estaduais e 1 milhão e 100 mil alunos matriculados no Paraná. As escolas deveriam contar com cerca de 440 profissionais, de acordo com os cálculos do Conselho Federal de Nutricionistas. Ou seja, as três nutricionistas poderiam acompanhar até 2 mil e 500 alunos.
O quadro insuficiente desses profissionais foi uma das 26 irregularidades apontadas por integrantes do Conselho Estadual de Alimentação Escolar (CAE) para reprovar a prestação de contas do Estado referente a 2016. Um documento foi enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Estadual e Federal e o Conselho aguarda a avaliação dos órgãos.
A vice-presidenta do Conselho Federal de Nutricionistas, Albaneide Peixinho, compara que tanto no Distrito Federal, quanto na cidade de São Paulo, são cerca de 80 nutricionistas atuando na rede escolar. Ela, que durante 13 anos coordenou o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), afirma que é inviável os nutricionistas no Paraná cumprirem todas suas atribuições. Entre as tarefas estariam: observar o perfil nutricional dos alunos para elaborar cardápios adequados, realizar atividades de educação nutricional, acompanhar licitações, orientar as cozinheiras, entre outras.
A Secretaria Estadual de Educação confirmou que dispõe de apenas três profissionais e não apresentou à reportagem Brasil de Fato perspectivas de rever a situação. Em relação à prestação de contas, alegaram que foram questões pontuais de interpretação do Conselho. (pulsar/brasil de fato)
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