Entre os dias 9 e 11 de outubro, ocorre a Segunda Feira da Reforma Agrária de Arapiraca, no interior de Alagoas. Homens e mulheres organizados no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) disponibilizam toneladas de produtos provenientes das áreas de Reforma Agrária no estado.
Depois do sucesso de quinze edições na capital Maceió, a Feira da Reforma Agrária consolida sua chegada na segunda maior cidade do interior de Alagoas, ampliando o diálogo com a população urbana e rural sobre a necessidade e os benefícios da luta pela Reforma Agrária Popular.
O evento é um dos instrumentos que materializam para a sociedade o resultado da divisão das terras e da cooperação no trabalho dos camponeses. Todos os alimentos disponíveis na feira são cultivados segundo uma lógica de produção que contrapõe o atual modelo agrícola dominante.
Para Débora Nunes, socióloga e membro da coordenação nacional do MST, o modelo do agronegócio é marcado pelo afastamento do camponês de sua terra, cercada em grandes latifúndios; pela intoxicação de lavouras e da alimentação com toneladas de veneno; e pela financeirização do setor da agricultura (vínculos ao crédito bancário), o que tem endividado famílias Brasil afora. (pulsar/página do mst)