Um dossiê audiovisual sobre a tragédia da bacia do Rio Doce, produzido por meio de uma cooperação entre movimentos populares brasileiros, foi apresentado na última segunda-feira (23), durante a discussão de um novo Tratado Vinculante sobre Empresas Transnacionais e Direitos Humanos, no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça.
O rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, da mineradora Samarco completa dois anos no próximo dia 5 de novembro. O documento apresentado será utilizado como um exemplo de violação de direitos humanos e ambientais por meio de corporações.
Representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Articulação Internacional de Atingidos e Atingidas pela Vale, da Rede Católica de Organizações pelo Desenvolvimento (CIDSE), uma das organizações internacionais que financiaram a produção do dossiê, foram responsáveis por sua apresentação.
De acordo com Stefan Reinhold, Secretário-Geral da CIDSE, o caso da Bacia do Rio Doce chamou a atenção da organização por ser a maior catástrofe ambiental da história brasileira. Segundo ele, uma das principais expectativas da reunião é prevenir que crimes como o da Bacia do Rio Doce voltem a acontecer.
Para Thomas Bauer, fotógrafo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que percorreu o Rio Doce no final de 2016 para produzir o dossiê, o documento ajuda a fazer com que a tragédia não caia no esquecimento.
O rompimento da barragem do Fundão completa dois anos no próximo dia 5 de novembro. O dossiê completo sobre a tragédia está disponível online. (pulsar/brasil de fato)