Amigo pessoal do líder cubano Fidel Castro, o teólogo brasileiro Frei Betto disse acreditar que a morte do revolucionário não impactará a política doméstica da ilha.
Em entrevista a ANSA, Frei Betto disse acreditar que a morte de Fidel não será um divisor de águas, porque a Revolução Cubana está consolidada. Segundo o teólogo, Fidel já estava afastado há anos do poder e seu irmão Raúl está habituado a lidar com a política local.
Betto destacou que não há elementos para fazer comparações com a Venezuela e sua situação pós-morte de Hugo Chávez. De acordo com o teólogo e autor do livro ‘Fidel e a Religião’, o futuro de Cuba depende muito mais do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que de Raúl Castro. O revolucionário cubano também assina o prefácio de uma biografia que será lançada dia 28 sobre o teólogo brasileiro.
Frei Betto que é amigo da família Castro, disse que pretendo ir a Cuba para acompanhar o funeral e espera chegar à ilha na próxima sexta-feira (02).
Fidel Castro faleceu aos 90 anos de idade, na noite de sexta (25), às dez e vinte e nove da noite de Havana, mas a causa da morte ainda não foi revelada. Seu irmão, sucessor político e atual presidente da ilha, Raúl Castro, anunciou o falecimento do líder da Revolução Cubana em um vídeo na televisão.
O corpo do revolucionário comunista será cremado ainda hoje, mas o funeral foi marcado para 4 de dezembro, no cemitério Santa Efigênia, em Santiago de Cuba. Adversário dos Estados Unidos por mais de meio século e aliado da antiga União Soviética, Fidel Castro renunciou ao poder oficialmente em 2008 devido a problemas de saúde.
Nos bastidores, Fidel viu seu irmão conduzir um processo de abertura econômica e de retomada das relações diplomáticas com os EUA em negociações mediadas pelo papa Francisco e pelo Canadá. (pulsar/opera mundi)