Representantes da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) protocolaram uma notícia-crime de racismo contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na Procuradoria Geral da República (PGR), órgão apto a investigar parlamentares federais.
Bolsonaro fez declarações racistas contra os quilombolas, em um evento, na segunda (03) no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro. Ele também atacou o direito indígena à terra e os refugiados. A notícia-crime tem como base o artigo 20, da Lei Federal 7 mil 716/ mil 989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor. O documento também é assinada pela organização Terra de Direitos.
O procurador Luciano Maia, coordenador da sexta Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (6ª CCR/MPF) disse que a imunidade do parlamentar não cobre um discurso de ódio como esse, um crime de racismo.
Não é a primeira vez que Bolsonaro expressa ideias racistas e faz discurso de ódio contra negros, populações indígenas e tradicionais. Em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirantes, em 2011, ele associou relacionamentos amorosos com mulheres negras à “promiscuidade”. Um inquérito foi aberto, mas depois foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2015. (pulsar/isa)