Cinco estudantes foram apreendidos na manhã desta quarta-feira (2), durante um protesto contra a reorganização escolar estadual pretendida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), na região central da capital paulista. No final da tarde da última terça-feira (1º), outros quatro jovens foram detidos após outro protesto contra a reorganização, que interditou a Avenida 9 de Julho, na região central de São Paulo. A Polícia Militar alegou que “precisou do uso da força” para liberar a via e, com isso, foram usadas bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra os estudantes. Os quatro detidos foram liberados na madrugada de hoje.
O governo de São Paulo publicou ontem, no Diário Oficial do estado, o decreto que autoriza a transferência de professores para a implementação da reorganização escolar, que fechará 93 unidades de ensino em todo o estado e afetará 311 mil alunos. O objetivo é separar as escolas por ciclos, entre os anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio.
Os alunos que protestaram na manhã desta quarta-feira relataram a truculência da Polícia Militar (PM) durante o ato. Segundo os alunos, quando um contingente maior de policiais chegou, partiu para a agressão com cacetetes.
Já o tenente da PM Diego Marcel Fernandes Dias, disse que “o problema é que tinham alguns que não aceitaram as ordens (de desocupar a via) e foram se jogando pra cima dos carros, resistiram à ordem de liberar pelo menos uma das faixas”. O tenente negou que tenha havido confronto e truculência.
Estudantes também disseram que policiais à paisana têm depredado escolas para culpar os manifestantes. (pulsar/rba)