2017 foi o ano mais violento dos últimos 10 anos para comunidades quilombolas do Brasil. É o que mostra estudo da Conaq, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas.
O documento mostra que no ano passado, em comparação com 2016, o número de assassinatos de quilombolas cresceu 350 por cento. Foram mortos 16 homens e duas mulheres.
A coordenadora da pesquisa, Élida Lauris, aponta a vulnerabilidade dos quilombos e o preconceito como os principais culpados por esses assassinatos.
O Nordeste é a região que concentra a maioria dos casos, 73 por cento. Destaques para a Bahia, com 13 mortes, e o Maranhão, com 10.
O documento também enumera outros tipos de violações sofridas por esses povos, como ameaças, perseguições, intimidação, prisões arbitrárias, assédio, tortura e invasão, além de perda de território.
O trabalho envolveu pesquisa documental do acervo da Conaq, notícias em jornais, redes sociais e outras publicações, além de técnicas específicas de amostragem. (pulsar)
*Informação da Radioagência Nacional