Levantamento parcial do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) mostra que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) fechou pelo menos 889 salas de aula em escolas de diversas cidades do estado. A operação é classificada pela entidade como “reorganização disfarçada”, em alusão ao projeto de fechamento de 94 escolas que foi barrado depois de estudantes ocuparem 213 instituições de ensino, em 2015.
A pesquisa alcançou 38 das 94 diretorias de ensino do estado, o que indica, segundo a Apeoesp, que o número deve aumentar. Só na capital paulista são pelo menos 209 salas fechadas. Em Mogi das Cruzes, 107, em Mauá, 106, em Piracicaba, 73, em Araçatuba, 56 e em Birigui, 48 salas.
Em nota, a Secretaria da Educação negou que haja fechamento de salas e argumentou que as escolas têm autonomia para formar turmas de acordo com a demanda, levando em conta o número de matrículas.
Apeoesp informa ainda que a redução do número leva à superlotação de salas, problema que se arrasta na rede. A escola Rui Bloem, na zona oeste de São Paulo, está com média 50 alunos por sala, segundo relatos de professores. Ainda assim, estudantes que não conseguiram vaga na escola vizinha Alberto Levy, devido ao fechamento de classes na instituição, foram direcionados para a Rui Bloem.
Na Vila Prudente, na zona leste da capital paulista, a escola Professor Joaquim do Marco foi fechada. O prédio pertence à Igreja Católica e estava alugado para o estado. Os alunos foram transferidos para a escola Julia Macedo Pantoja, segundo o sindicato. (pulsar/rba)