O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu nesta segunda-feira (24/) que Colômbia e México esclareçam as declarações atribuídas ao diretor da CIA sobre um suposto trabalho conjunto para “derrubar” seu governo e advertiu que, após essas explicações, tomará decisões políticas e diplomáticas.
O primeiro-ministro venezuelano, Samuel Moncada, afirmou que a CIA trabalha com a Colômbia e México para “derrubar o governo democrático da Venezuela” epublicou um vídeo no Twitter em que, segundo ele, o diretor da agência de inteligência, Mike Pompeo, manifesta que os Estados Unidos têm “profundos interesses no país caribenho”.
Moncada ressaltou que essas declarações eram “provas” que os EUA “coordenam com a Colômbia e México a destruição da democracia na Venezuela”.
O ministro publicou uma imagem com outra transcrição de um discurso de Pompeo em um Fórum de Segurança de Aspen e, segundo o texto, o agente diz que estão “muito otimistas que pode haver uma transição na Venezuela”.
Diante disso, o presidente venezuelano afirmou que o México, a Colômbia e a CIA pretendem “intervir na Venezuela”, e que a “oligarquia” destes dois países foram “entregues” ao império “americano”.
Maduro destacou que o México só tem mais cinco anos de petróleo e que esgotaram suas reservas. Já a Colômbia, segundo o presidente, tem mais seis anos de petróleo. O líder venezuelano afirmou ainda que as oligarquias dos países envolvidos no possível golpe pretendem ficar com o petróleo da Venezuela.
Após as declarações de Moncada, o Governo colombiano e o mexicano negaram qualquer intenção intervencionista.
A Venezuela vive desde o mês de abril uma onda de protestos a favor e contra o governo de Maduro, alguns dos quais se tornaram violentos, culminando com 100 mortes e mais de mil detidos No próximo dia 30, os venezuelanos estão convocados às urnas para escolher os mais de 500 membros de uma Assembleia Nacional Constituinte que redigirão uma nova Constituição e que terão poderes para reorganizar o Estado. (pulsar/opera mundi)