A Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj) emitiu nota pública, no último sábado (17) em repúdio à intervenção federal e militar na esfera da segurança pública, conforme decretado pelo governo de Michel Temer, na sexta-feira (16).
A entidade lembra que foi criada para proteger as populações vulneráveis dos morros fluminenses e cariocas ainda nos anos 1960, aponta as várias versões para intervenções truculentas do Estado nas comunidades, como as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e reivindica “intervenção social”, em vez de militar, com políticas públicas voltadas para o desenvolvimento humano e econômico das favelas e seus moradores. De acordo com a nota, “Precisamos de uma intervenção que nos traga a vida e não a morte”.
A Faferj afirma que as Forças Armadas deveriam ser incluídas nas intervenções sociais junto às comunidades, em vez de desviadas de suas verdadeiras funções e passar a fazer o papel de polícia, sem ser treinada para este fim.
A nota ainda lembra que todas tentativas de intervenções militares como solução para a segurança pública no Rio falharam e reafirma que, ao contrário do preconceituoso senso comum, as favelas são também formadas em absoluta maioria por gente de bem. Leia a nota na íntegra. (pulsar/rba)