Mais uma vez o Brasil foi citado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como um exemplo na proteção dos direitos sociais e do emprego em meio ao cenário adverso trazido pela crise econômica global iniciada em 2008 e 2009. A décima oitava Reunião Regional Americana da OIT, que vai até a próxima quinta-feira na cidade de Lima, no Peru, elogiou a proteção da parcela da sociedade mais vulnerável a oscilações.
De acordo com Laís Abramo, representante da OIT no Brasil, a América Latina se saiu bem ao colocar no centro da preocupação a defesa do emprego, do salário e da proteção social. Para Abramo, isso foi fundamental não apenas para defender a população trabalhadora da crise, mas também para evitar processo de recessão, como aconteceu em outros países do mundo.
Segundo a representante da OIT, a região surpreendeu o mundo com a capacidade de enfrentar a crise sem que houvesse aumento do desemprego. Pelo contrário, as taxas diminuíram. Abramo avalia que, no caso específico do Brasil, o destaque fica para as políticas de combate à pobreza, redução da desigualdade social, diminuição da concentração de renda, diminuição do desemprego e geração de emprego formal e do aumento do salário mínimo.
Laís Abramo chama a atenção ainda para a importância de medidas legislativas, como a Lei do Microempreendedor Individual e mudanças no Simples e no Supersimples. Ela acredita que isso garantiu condições para que os trabalhadores autônomos pudessem se formalizar e contribuir para a previdência social. (pulsar/rba)