O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicou na última terça-feira (28) o relatório intitulado “Situação Mundial da Infância 2016: Oportunidades justas para cada criança”, que apresenta um panorama do futuro da infância em regiões ou classes mais desfavorecidas. Os principais dados do documento alertam que, até 2030, 167 milhões de crianças devem viver na extrema pobreza, e que 69 milhões, com menos de cinco anos, morrerão de causas evitáveis.
A entidade apela para que governos, doadores, empresas e organizações internacionais aumentem os esforços para atender às necessidades de maior igualdade no mundo. Na educação, outro exemplo marcante, 60 milhões de crianças em idade escolar não terão acesso ao ensino.
Entre os locais mais problemáticos do planeta, se destaca a África Subsaariana, onde duas de cada três crianças vivem na pobreza, privadas do que precisam para se desenvolver. Nesta região, entre os 20 por cento mais pobres, 60 por cento dos jovens de 20 a 24 anos estudaram menos de quatro anos em suas vidas. Caso o panorama se confirme, em 2030, o local deve concentrar nove em cada dez crianças vivendo na pobreza extrema.
O relatório destaca que a natureza do problema apenas possui relações com as circunstâncias em que nasceram, o país, a comunidade e o gênero. O cálculo é de que aproximadamente 750 milhões de crianças meninas terão se casado.
O relatório indica cinco maneiras para mudar o panorama sombrio: “Aumentar as informações sobre aqueles que foram deixados para trás; integrar esforços em vários setores para enfrentar as múltiplas privações que prejudicam as crianças; inovar para acelerar o processo; investir em equidade e encontrar maneiras de financiar esforços; envolver o mundo todo, começando com as comunidades, empresas, organizações e cidadãos”. (pulsar/rba)