A reitora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Anna Maria Marques Cintra, lamentou a violência da Polícia Militar, que na segunda-feira (21) à noite agrediu estudantes durante manifestação diante da instituição, em Perdizes, zona oeste da capital paulista.
Em ofício ao governador Geraldo Alckmin e ao secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, ela externou seu “descontentamento com as ações” da PM, que atacou alunos com bombas, tiros de borracha e gás lacrimogêneo.
Na terça-feira (22), pela manhã, estudantes fizeram um ato contra a violência policial. Também houve críticas à reação ‘branda’ da universidade. Para o estudante de Direito Vitor Bastos, a ação foi excessiva e desigual e apenas contra o grupo contrário ao impeachment que foi encurralado pela Polícia Militar.
Durante manifestação a favor do impedimento da presidenta Dilma Rousseff, alguns alunos reclamaram do volume do carro de som estacionado na porta da faculdade, e houve discussão entre estudantes. A PM interveio sob alegação de evitar um confronto.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) também criticou a ação. Em nota a entidade disse que apesar da tensão que cerca esse tipo de encontro, tudo corria bem, não fosse pela intervenção truculenta e claramente ideológica da polícia militar do Estado de São Paulo.
A UNE também manifestou “surpresa e indignação” com o fato do secretário da Segurança ter considerado a ação “legítima”. Para a entidade, a parcialidade da PM paulista é “evidente”. (pulsar/rba)