O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de São Paulo, e a Corregedoria da Polícia Militar investigam, além de policiais militares, a participação de guardas civis municipais (GCMs) no sequestro e morte dos cinco jovens que desapareceram em 21 de outubro, na zona leste de São Paulo, e foram encontrados mortos domingo (6), em uma mata em Mogi das Cruzes, Grande São Paulo.
Uma das linhas de investigação do DHPP para a chacina contra os cinco rapazes tem relação com a morte de Rodolfo Lopes Sabino, 30 anos, guarda civil municipal de Santo André, Grande São Paulo. Sabino era agente de segurança de Oswana Fameli, prefeita em exercício da cidade no ABC paulista.
Os corpos de César Augusto Gomes Silva, 19 anos; Jonathan Moreira Ferreira e Caique Henrique Machado Silva, ambos de 18; Robson Fernando Donato de Paula, 16 e Jonas Ferreira Januário, 30, foram encontrados no domingo (6), em um matagal na Estrada Taquarussu. Os corpos estavam em covas rasas e cobertos com cal, para acelerar o processo de decomposição.
Perto deles, os peritos encontraram cápsulas de munição ‘ponto 40’ (de uso restrito das forças de segurança). O rastreamento da Corregedoria da PM apontou que algumas das cápsulas de ‘ponto 40’ pertenciam a dois lotes comprados pela Polícia Militar de São Paulo da Companhia Brasileira de Cartuchos. Outras cápsulas, também de ‘ponto 40’, haviam sido compradas pela Polícia Civil.
Munições de revólver calibre 38 e de escopeta calibre 12 também foram utilizadas pelos assassinos dos cinco rapazes. Os corpos deles não tinham ferimentos de munição de pistola ‘ponto 40’, segundo os médicos legistas e peritos. (pulsar/brasil de fato)