Cerca de 385 milhões de crianças até os 17 anos de idade viviam em 2013 emsituação de pobreza extrema. O dado é de um estudo conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Grupo do Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira (4).
As informações fazem parte do relatório “Terminar com a Pobreza Extrema: Um Foco nas Crianças”, relativo a 2013, que revela que as crianças têm duas vezes mais probabilidade de viver na pobreza extrema do que os adultos.
O Unicef e o Banco Mundial defendem que os governos avaliem regularmente a pobreza infantil e deem prioridade às crianças nos planos de combate à pobreza. Recomenda ainda que reforcem os sistemas de proteção social, deem prioridade a investimentos na área da saúde, educação, água potável ou saneamento e que moldem as decisões políticas de maneira que o crescimento econômico beneficie as crianças mais pobres.
De acordo com o estudo, 19,5 por cento das crianças nos países em desenvolvimento faziam parte de famílias que sobreviviam com um dólar e 90 centavos por dia ou menos por pessoa. Entre os adultos a porcentagem é de 9,2.
Segundo o Unicef, o estudo foi feito na sequência do relatório de referência do Grupo do Banco Mundial, “Pobreza e Prosperidade Partilhada 2016: Assumindo a Desigualdade”, que concluiu que, em 2013, cerca de 767 milhões de pessoas no mundo viviam com menos de um dólar e 90 por dia, metade das quais tinha menos de 18 anos.
O relatório resultou da análise de dados de 89 países, que representam 84 por cento da população dos países em desenvolvimento. As crianças que vivem em pobreza extrema estão concentradas sobretudo na África subsariana, onde 49 por cento das crianças vivem nesta situação, ao mesmo tempo em que 51 por cento de todas as crianças pobres no mundo vivem nessa região. (pulsar)
*Com informações da Agência Brasil