Se os Estados internacionalizam a militarização das nossas vidas, nós internacionalizaremos a luta contra a militarização, o racismo e o apartheid! Nesta sexta-feira (27) é o último dia de programação do III Julho Negro, que começou no dia 23, no Rio de Janeiro. Nesta edição, o objetivo foi debater os impactos da militarização e os efeitos do racismo e do apartheid no sul global. O evento contou com a participação de ativistas de todo Brasil, Palestina, Chile, Colômbia, África do Sul, Argentina, Índia, Estados Unidos, dentre outros, somando mais de 20 países.
O Julho Negro é organizado por mães que perderam seus filhos por causa da violência policial e por grupos dos movimentos de favelas do Rio de Janeiro. Nas duas primeiras edições do Julho Negro, a articulação se conectou com organizações como o Black Lives Matter (Vidas Negras importam) dos Estados Unidos, mães e familiares vítimas da Palestina, do México e da Associação de Haitianos do Brasil.
Todas as atividades foram realizadas em favelas do Rio de Janeiro. A novidade deste ano, é a conexão também com o campo, com visita a um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Anderson Caboi, que é do Complexo da Maré e integrante do coletivo de comunicação comunitária Amélia 0800 e da rede de saúde, explica a origem do Julho Negro e fala um pouco sobre a luta contra o racismo e a militarização, além do espaço de troca que o evento proporciona.
O objetivo é que todos estes movimentos denunciem a forma como os Estados têm tratado as vidas empobrecidas em cada território.
O III Julho Negro é uma construção da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, Mães de Maio, Fórum Social de Manguinhos, Mães de Manguinhos, Maré 0800, Coletivo Resistência CDD, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Movimento Moleque, Mães Vítimas da Chacina da Baixada, Coletivo Fala Akari, Coletivo Papo Reto, Campanha pela Liberdade de Rafael Braga, União Social dos (as) imigrantes Haitianos (as), Fórum de Juventudes RJ, Rolé dos Favelados, Comitê Nacional Palestino – BDS, Ação Direta em Educação Popular (ADEP), Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba, Fórum Grita Baixada, Raízes em Movimento, Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj), DescompleCidade Criativa, Museu da Maré, Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM/RJ), Filhos e Netos por Memória Verdade e Justiça da época da Ditadura Militar, Centro do Teatro do Oprimido (CTO). Com apoio do Pacs, Justiça Global e Fase. (pulsar)