Centenas de milhares de pessoas participaram neste sábado (21) da Marcha das Mulheres em uma série de protestos em várias cidades do mundo contra o recém empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Além de defender os direitos das mulheres, os milhares de manifestantes se colocaram contra as nova política de imigração e à retirada de direitos à assistência médica anunciada pelo novo presidente.
A marcha foi inicialmente convocada nos Estados Unidos, mas acabou ganhando adesão em todo o mundo, com mais de 670 manifestações marcadas em mais de 20 países. Segundo organizadores, cerca de meio milhão de pessoas lotaram as ruas de Washington D.C.
Boa parte das manifestantes vestiu um gorro cor de rosa com orelhas de gato, que se tornou um símbolo das mulheres que criticam Trump. Trata-se de uma referência a um áudio de 2005 vazado durante a campanha eleitoral, no qual Trump faz comentários misóginos a respeito de mulheres.
Imagens aéreas mostram ruas lotadas nas principais cidades dos EUA com milhares de pessoas que protestam contra a misoginia, a homofobia, o racismo e a intolerância religiosa. De acordo com as organizadoras da Marcha, “direitos humanos são direitos das mulheres” e vice-versa.
Em nota, as organizadoras defendem a criação de “uma sociedade na qual todas as mulheres em particular as mulheres negras, as mulheres indígenas, as mulheres pobres, as mulheres imigrantes, as muçulmanas e as mulheres queer e trans sejam livres e capazes de cuidar e alimentar suas famílias”.
Para os milhões de pessoas que foram às ruas neste sábado (21), assim como metade dos eleitores dos EUA que não votaram em Trump, as propostas do atual presidente dos EUA podem ser uma grande ameaça à direitos sociais já conquistados, como por exemplo, a reforma na saúde realizada por seu antecessor, Barack Obama (pulsar).