O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou na última segunda-feira (2) os resultados de seu Sistema de Alertas de Desmatamento na Amazônia Legal (SAD) referente a fevereiro e março de 2016. Foram registrados alertas de desmatamento em 213 quilômetros quadrados, um aumento de 113 por cento em relação ao mesmo período de 2015. Já a degradação teve um aumento ainda mais assustador, de 339 por cento, com alertas encontrados em 281 quilômetros quadrados.
A degradação florestal é causada muitas vezes pelo corte seletivo de árvores de interesse comercial de maneira exploratória e ilegal e também por queimadas intencionais. Este processo enfraquece a floresta, diminui sua capacidade de estocar carbono e conservar a biodiversidade. Este é geralmente o primeiro passo para o desmatamento total da floresta.
Roraima liderou a degradação florestal no período, enquanto o Mato Grosso liderou no desmatamento. De fevereiro a março, o Mato Grosso concentrou 81 por cento dos alertas de desmatamento no bioma. Dos três municípios mais críticos, dois pertencem ao estado: Marcelândia e Feliz Natal. De acordo com o Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite, o PRODES, que gera os dados oficiais usados pelo governo, o Mato Grosso foi o segundo estado que mais desmatou a Amazônia entre agosto de 2014 e julho de 2015.
De acordo com o Greenpeace, mesmo que consigamos acabar com o desmatamento ilegal e sigamos a risca o Código Florestal ainda seria possível desmatar, legalmente, uma área do tamanho do Chile no Brasil. Para a organização, já passou da hora de termos como meta o fim total do desmatamento. (pulsar/envolverde)