Cerca de mil e 500 pessoas protestaram na noite de terça-feira (10) em Montevidéu, no Uruguai, contra o processo de impeachment da presidente brasileira Dilma Rousseff, qualificado como golpe de Estado pelos organizadores da manifestação.
O protesto foi convocado pela coalizão de esquerda que governa no Uruguai, a FA (Frente Ampla), pela central sindical PIT-CNT e várias organizações sociais.
Os manifestantes percorreram a avenida 18 de Julio, a principal da capital uruguaia, e gritaram palavras de ordem como “não ao golpe de Estado” e outras contra o “imperialismo” na América Latina.
No final do ato, representantes das organizações leram uma nota na qual criticaram o processo de impeachment de Dilma, que está sendo julgado no Senado nesta quarta-feira (11), e se manifestaram a favor da “defesa da democracia entre os governos”.
O representante da Frente Ampla, Javier Miranda, disse à Agência Efe ser uma “grande alegria” ver “tanta gente se mobilizando” pela situação “preocupante” do Brasil.
Miranda enfatizou que mais uma vez na região, por mecanismos formalmente democráticos, tentam quebrar a continuidade de um governo eleito democraticamente. Segundo ele, com o processo de impeachment “estão sendo violados os direitos políticos de um povo” e a própria Constituição brasileira. (pulsar/opera mundi)