Na última terça-feira (25), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro divulgou que a família do pedreiro Amarildo de souza será indenizada pelo governo do estado. A decisão dos desembargadores foi unânime e tornou o estado do Rio de Janeiro responsável pelo custo do tratamento médico e psicológico da família. Além disso, a viúva Elisabete Gomes da Silva e mais seis familiares receberão pensão mensal de um salário-mínimo cada.
De acordo com o desembargador Lindolpho Morais Marinho, relator do acórdão no Tribunal de Justiça, foi considerado que o desaparecimento de Amarildo se deu por ação de Policiais Militares (PMs) e que a família ficou sem aquele que provia suas necessidades materiais, o que provoca o risco de dano irreparável.
De acordo com investigação da Delegacia de Homicídios e denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado, Amarildo foi torturado até a morte por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Ele foi levado da porta de casa no dia 14 de julho de 2013 e, desde então, nunca mais foi visto. Um dos acusados presos é o major que comandava a UPP.
O episódio virou um símbolo de desaparecimentos não esclarecidos e a campanha “Onde está o Amarildo?” foi iniciada nas redes sociais. Com apoio de artistas e movimentos populares, a intenção da iniciativa era pressionar o poder público a dar mais atenção ao caso. (pulsar/brasil de fato)