O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) encaminhou, na noite da última segunda-feira (9), uma nova ordem judicial ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que suspende o aumento de integrações entre ônibus e trilhos que passou a vigorar no domingo (8).
Em nota, o governo informou que recebeu a notificação e, logo em seguida, encaminhou ofício informando a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos que notificará a São Paulo Transporte (SPTrans), responsável pelo sistema de cobrança eletrônico das tarifas integradas.
A decisão por parte do TJSP foi publicada na sexta-feira (6), mas o aumento acabou vigorando, pois, o governo não teria sido notificado pela primeira vez, segundo o próprio Alckmin.
O oficial de justiça João Carlos Siqueira Maria anexou ao processo um relato dizendo que esteve no Palácio às cinco horas e 20 minutos na tarde de sexta-feira, mas o governador não estava.
No último domingo, as tarifas de integrações em São Paulo sofreram reajustes. Com isso, os usuários que utilizam o sistema de trilhos e os ônibus da SPTrans, que pagavam cinco reais e 92 centavos, agora pagam seis reais e 80 centavos, um aumento de 14,8 por cento, o dobro da inflação de 6,4 por cento.
Na decisão do pedido de suspensão, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho afirma que as pessoas que moram longe sairiam prejudicadas com o aumento, pois muitos vêm de trem ou de metrô, e depois ainda integram com o sistema de ônibus de São Paulo.
Após o aumento das integrações, o Movimento Passe Livre (MPL) já anunciou, para a próxima quinta-feira (12), às cinco horas da tarde, uma manifestação contra o aumento da tarifa, que terá início na Praça do Ciclista, na Consolação, e irá até a casa do prefeito de São Paulo, João Doria. (pulsar/brasil de fato)