Cuba e Estados Unidos concordaram na última quarta-feira (7) em acelerar ao máximo a negociação de acordos pendentes entre os dois países antes do início do mandato do presidente eleito americano, Donald Trump, em meados de janeiro. O governo cubano também se mostrou disposto a dialogar com o novo líder, mas com “respeito mútuo” e “sem concessões”.
De acordo com a diretora para as questões dos Estados Unidos do Ministério do Exterior cubano, Josefina Vidal, respeito é essencial e tem sido a chave do sucesso dos resultados que temos obtido até agora. Vidal falava ao final da quinta reunião da comissão bilateral criada para trabalhar na normalização das relações entre os dois países – a última sob a administração do presidente Barack Obama.
Segundo a diplomata, a parte cubana deseja avançar na melhora das relações e na construção de uma convivência pacífica, sem ter de fazer nenhuma concessão nos princípios nos quais Cuba crê firmemente.
Vidal salientou que, desde que foram restabelecidas as relações bilaterais, foram realizadas 24 visitas de alto escalão, além de 40 encontros técnicos e mil e 200 intercâmbios acadêmicos e culturais. Também foram assinados 12 acordos em áreas de interesse comum, como aviação civil, meio ambiente e saúde.
Durante a campanha presidencial americana, Trump ameaçou pôr fim à reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, a não ser que Havana oferecesse um “acordo melhor” para Washington, abrisse sua economia e fizesse concessões na área de direitos humanos. Ele também descreveu o líder cubano Fidel Castro, morto no dia 25 de novembro, como um “ditador brutal”. (pulsar/ dw)