No próximo domingo (12), o Grito dos Excluídos Continental ocorre em 15 países da América Latina e Caribe, evento realizado desde 1999. Neste ano, a décima sexta Jornada de Mobilização Continental terá alguns reportes dos países sobre as ações previstas, em que todos os gritos se juntam em uma só voz de resistência, luta e memória histórica, para seguir transformando o mundo em um lugar digno e justo, com trabalho, justiça e vida para todos.
Na Guatemala, por exemplo, na comunidade de San Martín Jilotepeque, será distribuído um manifesto assinado pelo Grito e as organizações sociais da Guatemala. Além disso, será realizado um programa de rádio na emissora local com o objetivo de promover a análise e reflexão de temas de interesse da comunidade do Grito Continental e seu significado. Na Guatemala, o Grito enfrenta uma luta intensa em defesa das terras indígenas, em especial em Chuarrancho.
No caso do Brasil, onde o Grito dos Excluídos foi realizado no último dia 7 de setembro, haverá também atividades dentro da Jornada Continental. No dia19 de outubro, a concentração será na Praça Kantuta, em São Paulo, com o tema “Todos os direitos para todos os migrantes”. Países como Paraguai, Bolívia e Equador farão apresentações de danças folclóricas, além de um ato político para exigir uma nova lei de migração, pelo direito ao voto, à saúde e educação com qualidade das pessoas migrantes que residem no Brasil, e contra a precarização, a discriminação e a xenofobia vivenciada constantemente no país.
A organização do Grito divulgou também uma carta para todos os movimentos sociais da América e do mundopara justificar a mobilização. O documento destaca causas comuns e campanhas de solidariedade, como a luta a favor da libertação definitiva de Oscar López Rivera, independentista portorriquenho preso há 33 anos por defender a independência de seu país dos Estados Unidos. A carta ainda apoia questões como a luta do povo palestino e dos povos árabes em geral e os protestos na Europa e nos Estados Unidos contra o sistema financeiro que desempregou milhões de trabalhadores e aposentados nos últimos anos. (pulsar/combate racismo ambiental)