Os professores do estado de São Paulo chegam nesta terça-feita (28) a quase 50 dias de greve com adesão de 59 por cento da categoria, o equivalente a pelo menos 135 mil e 700 docentes da rede, de acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A próxima assembleia está marcada para a quinta-feira (30), no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), às 14 horas. Até lá, estão previstos atos regionais, em diferentes cidades.
Os professores reivindicam reajuste de salário de 75,33 por cento, melhores condições de trabalho e equiparação salarial com outras categorias profissionais que possuem o mesmo nível de formação. O secretário da Educação, Herman Voorwald, já sinalizou que não há previsão de aumento, em uma reunião na última quinta-feira (23). A negativa fez com que os docentes decidissem pela manutenção da greve.
Na sexta-feira (24), a juíza Luiza Barros Rozas, da 11ª Vara da Fazenda Pública, reconheceu a legalidade da greve e permitiu que os professores possam entrar pacificamente nas escolas, durante os intervalos, para conversar com colegas e afixar cartazes para divulgar a paralisação.
Ainda assim, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) nega que haja greve. Após participar da abertura de um evento em Ribeirão Preto, no interior do estado, na última sexta-feira (24), Alckmin declarou que “não existe greve de professores” e que apenas a média de faltas dos temporários teria aumentado, em um por cento. A Apeoesp divulgou uma nota rechaçando a postura do governador. (pulsar/rba)