Cento e quarenta e quatro pessoas trans foram lembradas neste domingo (29) em uma manifestação na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Esta data marca o Dia da Visibilidade Trans. Foram fincadas na areia 144 cruzes pretas, uma para cada transexual ou travesti mortas no ano passado por causa do preconceito.
Os dados sobre as mortes foram levantados pela organização não governamental Rede Trans Brasil. De acordo com a presidente da Rede, Tathiane Araújo, esse número faz do Brasil um dos campeões de mortes de pessoas trans no mundo.
Ela ainda explicou em entrevista à Agência Brasil, que a exclusão começa em casa, quando pais se recusam reconhecer a identidade de alguém que não se identifica com o sexo designado ao nascer, o que é o caso de pessoas trans.
Tathiane conta que ao serem excluídos da família, da escola e de empregos, a exclusão passa a ser um dos principais fatores de riscos para pessoas trans. Ela também apontou para a falta de políticas públicas para garantir a inclusão desse grupo.
Adriana Rodriguez Souza, coordenadora da Rede Trans, no Rio, explica que outra luta das pessoas trans, é pelo uso do banheiro compatível com o gênero e do nome social.
O relatório completo da Rede Trans Brasil com número de vítimas de transfobia – preconceito contra pessoas trans – será divulgado ainda hoje (30), quando o documento também será entregue à Organização dos Estados Americanos (OEA), no Rio. O levantamento foi feito com base em notícias de jornais e casos apurados pela organização. (pulsar)