O Brasil regista nesta quarta-feira (15) um dos maiores protestos em defesa da Educação da história. Nos 26 estados e no Distrito Federal ocorrem atos contra as medidas do governo federal de bloqueio de recurso que afetam diretamente as universidades públicas, os institutos federais e o desenvolvimento da pesquisa no país com a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O Ministério da Educação anunciou que o bloqueio de 24,84 por cento incidirá nas despesas discricionárias, ou seja, aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades do país, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43 por cento do orçamento completo incluindo despesas obrigatórias.
No estado do Rio de Janeiro, educadores e estudantes estão ocupando as ruas para alertar sobre os riscos desta medida. Atividades descentralizadas como aulas públicas, debates e passeatas estão ocorrendo em diversas cidades. De acordo com a professora Maria Eduarda Queiroga Fernandes que atua na secretaria de comunicação da Central Única dos Trabalhadores no Rio de Janeiro (CUT-RJ), até o momento a greve da Educação tem tido um saldo positivo com a adesão não só de educadores, mas de estudantes e também pais de alunos. Segundo Fernandes, o Rio tem um diferencial por possuir muitos institutos federais o que agregou jovens para a manifestação.
A maioria das atividades no estado do Rio está sendo organizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE-RJ) e pelo Sindicato dos Professores (SinPro-RJ). A principal intenção com o movimento é também mobilizar a população para a greve geral que ocorrerá no dia 14 de junho e denunciar o aprofundamento da desigualdade social no país caso a reforma da previdência seja aprovada . (pulsar)