A greve de professores e funcionários técnico-administrativos das universidades federais se encerrou na última terça-feira (13), após mais de cinco meses de paralisação. Ao final da greve, que ocorreu em mais de 50 instituições de ensino, não houve acordo entre os professores e governo. O governo ofereceu um aumento salarial de 5,5 por cento para agosto de 2016 e cinco por cento em janeiro de 2017, enquanto que os professores pediam uma reestruturação do plano de carreira e reajuste de 19,7 por cento nos salários.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), as mobilizações continuam. Os educadores realizam um ato nesta quinta-feira (15), Dia do Professor.
Além do aumento salarial, está na pauta dos professores a luta por melhoras nas condições de trabalho e contra os cortes na educação decorrentes do ajuste fiscal implantado pelo governo federal.
De acordo com Paulo Rizzo, presidente do Andes, com a expansão das universidades federais, por meio de programas como o Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), não ocorreu uma política de contratações de novos profissionais e da melhoria nas estruturas.
Para Rizzo, não são só os profissionais da educação que estão ameaçados com as medidas recentes, e sim o caráter público da universidade.
As mobilizações dos professores continuam até que o governo decida se reunir para discutir e negociar propostas. Em nota à reportagem, o MEC (Ministério da Educação) garantiu que novas reuniões serão agendadas. (pulsar/brasil de fato)