Um estudo encomendado pela agência de notícias internacionais Associated Press e divulgado na madrugada desta quinta-feira (30) apontou alto nível de contaminação das águas em locais onde serão realizadas competições das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
A pesquisa foi feita por uma universidade do Rio Grande do Sul que testou 150 amostras de água da Praia de Copacabana, Lagoa Rodrigo de Freitas e Baía de Guanabara. Segundo o levantamento, o nível de coliformes fecais ultrapassou em 75% o permitido, mas o mais grave, foi a concentração de vírus.
Para John Griffith, biólogo marinho do instituto independente Southern California Coastal Water Research Project, que analisou o material da pesquisa, essas águas são esgoto puro. De acordo com ele, água dos banheiros, dos chuveiros e do que as pessoas jogam na pia vai para a água das praias.
O estudo aponta que os tipos de vírus encontrados nas águas cariocas podem causar doenças estomacais, respiratórias e em casos mais raros, cerebrais e cardíacas. Especialistas americanos ouvidos na reportagem estimaram que se os atletas ingerirem bem menos água do que de costume durante as provas, ainda assim, o risco de infecção é de 99 por cento.
A Associated Press entrou em contato com o Instituto Estadual de Ambiente (Inea). De acordo com o órgão, a qualidade da água nos locais de competição está dentro do limite brasileiro. O instituto afirmou também que as normas brasileira exigem o controle do nível de bactérias e não de vírus nas águas. (pulsar)