José Hawilla, fundador da TV Tem, filiada à Rede Globo, denunciou a justiça dos Estados Unidos como pagou por mais de 20 anos propinas para ter acesso a contratos exclusivos. O empresário se comprometeu a devolver 575 milhões de reais e entregou a participação da cúpula da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
De acordo com Hawilla, os subornos eram a única forma de conseguir contratos, mas ele se diz “culpado” pelas acusações e denunciou os principais dirigentes da CBF, Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, de terem recebido dinheiro ilegal.
Segundo o empresário, tudo começou quando iria renovar os contratos em 1991 para a Copa América. Um dirigente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) exigiu o pagamento, o empresário afirmou que não queria pagar, mas “já havia assumido compromissos futuros” e por isso o fez.
Apesar das afirmações, Hawilla admitiu que tentou dificultar as investigações restringindo o acesso a documentos.
Suas revelações levaram a identificar os cartolas envolvidos, em maio deste ano sete deles foram presos. As autoridades suíças já permitiram a extradição de Julio Rocha, dirigente da Nicarágua. Além dele, Eugênio Figueredo, Rafael Esquivel, Eduardo Li, Costas Takkas e Jeff Webb também serão enviados para julgamento aos Estados Unidos.
José Maria Marin, um dos sete presos, deve ser sentenciado nos Estados Unidos. Ele é dono de um apartamento em Nova Iorque e poderá pagar 40 milhões para ter o direito de aguardar o julgamento em sua residência. (pulsar/brasil de fato)