A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, resultado de iniciativas e articulações entre diversas organizações da sociedade civil, completou cinco anos na última quinta-feira (7), Dia Mundial da Saúde.
Lançada em 2011, o objetivo da rede é explicitar as contradições e malefícios gerados pelo agronegócio, com denúncias sobre os impactos que os agrotóxicos causam na saúde humana e no meio ambiente. Atualmente, mais de 100 organizações fazem parte da campanha.
Nivia Silva, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), acredita que os agrotóxicos são o “calcanhar de Aquiles” do agronegócio, pois expressa uma das principais contradições deste modelo. Para ela, durante toda sua cadeia, os agrotóxicos deixam um rastro de morte e doenças.
A campanha propõe a agroecologia como alternativa para a construção de outro modelo de agricultura. Irene Maria Cardoso, presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) e professora da Universidade Federal de Viçosa, afirma que é possível estabelecer um outro projeto sustentável para o campo brasileiro sem o uso de agrotóxicos.
Segundo a professora, vários estudos mostram que é possível produzir alimentos para sustentar o mundo com base nos princípios da agroecologia. Para que isso seja uma realidade, ela acredita que são necessáriaspolíticas públicas que apoiem a agroecologia. Irene defende medidas de empoderamento das mulheres, reconhecimento e valorização dos saberes dos agricultores e comunidades tradicionais e realização da reforma agrária. (pulsar/brasil de fato)