Na última sexta-feira (24) lideranças da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) denunciaram as violações de direitos sofridas pelos povos originários brasileiros no Fórum Permanente para Questões Indígenas das Nações Unidas (ONU), que ocorre em Nova York.
O indígena Lindomar Terena apresentou uma carta da Apib dirigida à mesa diretora do Fórum. No documento, a Articulação dos Povos Indígenas denuncia irregularidades como o modelo de desenvolvimento adotado pelo Brasil que privilegia o agronegócio e as grandes obras de infraestrutura em prejuízo dos territórios indígenas; as Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) que tramitam no Congresso e colocam em xeque direitos já assegurados pela população indígena e a morosidade no processo de demarcação de terras.
Representantes do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, que estavam presentes, rebateram as criticas. O governo respondeu a carta dizendo que a realidade dos povos indígenas é difícil em todo o mundo e desafiou os demais países a apresentarem números maiores de demarcações de terras indígenas. De acordo com os integrantes do Ministério, o país está trabalhando para resolver o problema.
Segundo o pronunciamento da delegação do Brasil de lideranças indígenas, dezoito terras indígenas estão na mesa da presidenta Dilma Rousseff aguardando homologação. Já na mesa do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, doze terras, sem nenhum impedimento jurídico, aguardam a publicação da Portaria Declaratória.
O Fórum segue até a próxima sexta-feira (31) e as exposições serão voltadas ao acesso à Justiça dos povos indígenas. (pulsar)
*Informações Cimi