No mês em que se celebra o Dia de Conscientização sobre a Vacina contra o HIV, lembrado em 18 de maio, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) defende a manutenção dos esforços de pesquisa que buscam uma imunização contra o vírus. Anualmente, 1 milhão e 900 mil adultos e mais de 150 mil crianças são infectados pelo agente patogênico.
Mesmo que uma redução de 90 por cento nas novas infecções pelo vírus seja alcançada até 2030 — tal como previsto pelas metas da agência da ONU —, 200 mil pessoas por ano continuarão contraindo o HIV.
O organismo internacional aponta que a terapia antirretroviral bem-sucedida exige um compromisso ao longo de toda a vida, mas a adesão ao tratamento depende de uma mudança de comportamento. Já uma vacina contra o HIV constituiria uma intervenção única e extremamente econômica em comparação com o custo do uso continuado de medicamentos.
O diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, afirmou que os maiores impactos na erradicação ou controle de doenças infecciosas na história da saúde pública têm sido alcançados por meio de vacinação. Segundo ele, este é um forte indício para continuar o investimento na vacina.
O UNAIDS lembra que modelos estatísticos estimam que mesmo uma vacina modestamente eficaz – por exemplo, um tratamento que tenha 50 por cento de eficácia – teria um grande impacto sobre a epidemia e poderia ser suficiente para reduzir significativamente as novas infecções por HIV entre populações-chave.
A agência da ONU também chamou atenção para o fato de que tratamentos imunizantes já estão sendo desenvolvidos por empresas, com testes previstos para começarem em breve.
Experimentos com a vacina HVTN 702, por exemplo, estão em andamento na África do Sul — os resultados devem sair em três anos. Esse teste, que faz parte da Rede de Testes de Vacinas contra o HIV, é baseado no estudo RV144, realizado na Tailândia e notificado em 2009 como tendo alcançado uma eficácia de 31 por cento.(pulsar/onu)