Relatório da Desigualdade Global, da Escola de Economia de Paris, divulgado nesta segunda-feira (19) pela Folha de S.Paulo, revela que o Brasil é o pais de maior fosso social entre ricos e pobres. Segundo o estudo, um por cento da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) concentra 28,3 por cento dos rendimentos no país, com média de ganhos de 140 mil reais por mês. De outro lado, os 50 por cento mais pobres (71,2 milhões de pessoas) ficam com 13,9 por cento – que representa menos da metade do um por cento mais rico. Essa parcela tem, em média, ganhos de mil e 200 reais mensais.
O relatório mostra ainda que durante os governos petistas, entre 2001 e 2015 – com dois mandatos de Lula e um mandato de Dilma Rousseff, que foi derrubada por um golpe em 2016, após reeleição -, os mais pobres tiveram o maior ganho, de 71,5 por cento em suas rendas.
No mesmo período, os dez por cento mais ricos viram sua renda crescer 60 por cento e a classe média – que representa cerca de 40 por cento da população – teve aumento de 44 por cento nos rendimentos.
Entre 2014 e 2019 – segundo dados da FGV Social, a partir dos microdados da PNADC -, apenas os mais ricos (2,5 por cento) e os muitos ricos (um por cento), que representam dez por cento e um por cento da população, viram a renda aumentar.
Nesse período, a classe média teve redução de 4,2 por cento nos rendimentos, enquanto os 50 por cento mais pobres perderam 17,1 por cento da sua renda. (pulsar/revista fórum)