O cerrado acumulou quase dois milhões de hectares desmatados entre agosto de 2013 e julho de 2015, o equivalente a 1,7 por cento da vegetação nativa remanescente. Apenas em 2015, uma área de cerca de nove mil e 500 quilômetros quadrados do cerrado brasileiro foi devastada.
O ritmo de desmatamento do bioma foi cinco vezes mais rápido que o medido na Amazônia, que perdeu, no mesmo período, 0,35 por cento de vegetação nativa remanescente.
A análise foi feita pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) com base nos dados do governo federal, que divulgou em seu site os primeiros números do monitoramento por satélite realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
3 alt="border: 0px; : Arial, Helvetica, sans-serif; : 15px; margin: 5px 0px 10px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; color: #474747; text-align: justify;">Para Isolete Wichinieski, agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Goiás e coordenadora da Campanha em Defesa do Cerrado, lançada no ano passado, não há visibilidade para o tema dentro do governo federal. As cerca de 40 entidades que integram a campanha pretendem agendar uma reunião com representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para questionar quais são as ferramentas utilizadas para a medição.
Os dez municípios mais desmatados ficam na região conhecida como Matopiba, áreas remanescentes de cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. São Desidério, Jaborandi e Formosa do Rio Preto, municípios baianos produtores de soja, lideram a lista dos que mais desmataram. (pulsar/brasil de fato)