Na próxima quarta-feira (7) ocorre a Vigésima Segunda edição do Grito dos Excluídos em várias cidades brasileiras. O ato pretende convocar a população para resistir à retirada de direitos sociais que se anunciam com a derrubada dapresidenta Dilma Rousseff, por decisão do Senado, que consumou o golpe e levou Michel Temer ao poder, na última quarta-feira (31).
O lema deste ano do Grito dos Excluídos está baseado na fala do Papa Francisco, em encontro com movimentos sociais na Bolívia, no ano passado, quando ele disso que “Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata”. A frase trata dos problemas sociais e ambientais do modelo capitalista de produção.
Durante toda a semana vão ocorrer atividades referentes ao evento em centenas de cidades de 24 estados, pelo Brasil. Em São Paulo, o Grito dos Excluídos vai se reunir quarta-feira (7) na Praça da Sé, no centro da capital, a partir das nove horas da manhã. E às dez horas será realizada uma marcha pelo centro.
Questionado sobre a violenta repressão policial que tem ocorrido contra os movimentos sociais críticos à derrubada da presidenta Dilma, o coordenador nacional do Grito, Ari Alberti, ponderou que a repressão não é novidade e ocorreu em edições anteriores do evento. Ele considera grave, no entanto, a forma como Temer expressou que vai tratar os críticos do golpe e de seu governo. Porém, ele acredita que não se pode ficar em casa à espera de alguma mudança. (pulsar/rba)