O crime cometido pela Vale em Minas Gerais revela a situação preocupante das barragens do estado e em todo o Brasil. De acordo om o relatório da FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente), órgão responsável pelas barragens em território mineiro, a situação é crítica e o sinal de alerta precisa ser ligado. Das 735 barragens de Minas Gerais, 228 são consideradas de “alto risco”.
Entre as barragens de “alto risco”, 42 não tiveram “estabilidade garantida” pelos auditores em 2014, sendo 29 averiguadas e outras 13 em que as empresas não apresentaram os documentos necessários. Das 42, nada menos que 25 são da Vale, o que comprova o descaso com que a empresa trata os seus rejeitos.
É importante lembrar que as duas barragens que se romperam em Mariana (Fundão e Santarém) eram consideradas “estáveis”, assim como a de Germano, maior de todas e já com comprometimento na estrutura, segundo os bombeiros.
Assim, é de se questionar a ameaça iminente que estas 42 barragens “sem estabilidade garantida” representam para o estado. Muitas de responsabilidade da Vale.
Do total de barragens no estado, quase 60 por cento são de mineração, 128 estão na bacia do Rio Doce e 283 na região central do estado. (pulsar/combate racismo ambiental)