A coordenadora do Conselho de Povos Indígenas de Honduras (COPINH), Berta Cáceres, foi assassinada na madrugada desta quinta-feira (3) por pessoas ainda não identificadas. O membro da Coordenação Geral da COPINH, Tomas Membreño, informou que a líder foi assassinada em La Esperanza, Intibucá, por volta da uma hora da manhã por homens que invadiram a sua casa.
Berta Cárceres recebeu, em abril do ano passado, o prêmio Goldman, considerado o Nobel do Meio Ambiente, por sua atuação junto aos povos indígenas. Na ocasião do prêmio, Berta afirmou ao jornal espanhol El Diario queé muito fácil matar alguém em Honduras.
A ativista liderou um feito histórico junto com o povo Ienca: conseguiu expulsar a maior empresa construtora de represas do mundo, a chinesa Sinohydro. Após muitos anos de luta, os integrantes da comunidade Río Blanco conseguiram expulsar o projeto hidrelétrico previsto para o rio Gualcarque.
Após o golpe militar sobre o ex-presidente Manuel Zelaya, os assassinatos e perseguições políticas contra lideranças sociais aumentaram significativamente. Também de acordo com o jornal El Diario, a investigação “Quantos mais?” indicou que Honduras é o país mais perigoso para ativistas sociais.
No Brasil, uma perda semelhante aconteceu com o desaparecimento da liderança Nicinha, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Passados dois meses sem notícias da ativista que liderava a resistência contra a truculência das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, ainda não houve nenhuma resposta dos órgãos responsáveis. (pulsar/combate racismo ambiental)