A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou na última sexta-feira (6) que sete mil 496 mil migrantes ou refugiados morreram em 2016 em todo mundo ao tentar alcançar um novo país. Nos últimos três anos, o número total de óbitos chegou a 18 mil 501, sendo cinco mil 267 vítimas em 2014 e cinco mil 740 em 2015.
De acordo com a agência da ONU (Organização das Nações Unidas), a maioria das fatalidades em 2016 ocorreu no Mediterrâneo, seguido do norte da África e dos Estados Unidos. O cenário foi parecido em 2014 e 2015, com muitas vítimas também no sudeste asiático.
Para o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing, “Esse número de mortes em três anos é absurdamente chocante.” São quase 20 mortes diárias e a organização ainda não está em todos os lugares contando todas as vítimas.
De acordo com analistas da OIM, os dados apontam para duas tendências constantes. A primeira é que as rotas de migração maduras, como o corredor mesoamericano – que liga a América Latina à América do Norte –, e a rota do Mediterrâneo Central – que liga a região do Saara ao sul da Europa –, continuam operando com plena capacidade, apesar dos esforços dos países de destino de reduzir o número de chegadas.
A segunda é que, embora algumas rotas estejam se tornando mais mortais, o aumento de dados reflete em grande parte o crescente número de migrantes que usam mídias sociais e dispositivos pessoais portáteis para narrar suas viagens. (pulsar/onu)