Um estudo inédito publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta (28) identificou que o Brasil tem cerca de oito milhões e 300 mil pessoas vivendo em áreas de risco em 872 municípios espalhados pelo país.
Tendo como referência dados do Censo de 2010, a pesquisa traz ainda outros dados alarmantes: em Salvador, na Bahia, por exemplo, o percentual de moradores nessa situação chega a 45,5 por cento do total de habitantes da cidade. Na sequência vem São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, que completam o ranking das cinco cidades com maior contingente em área de risco.
No panorama nacional, o estudo identificou, por exemplo, que, entre os municípios monitorados, 26,1 por cento da população que vive sob essas condições não têm esgotamento sanitário adequado.
O estudo abrange os municípios listados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – parceiro da pesquisa – como locais que têm histórico de desastres, por isso não inclui todos os cinco mil 561 municípios do país.
Um dos destaques da pesquisa são as desigualdades regionais. Para se ter uma ideia, a média nacional de pessoas em áreas de risco com abastecimento inadequado de água é de 6,54 por cento, mas, na região Norte, o índice alcança 26,35 por cento. No que se refere ao esgotamento sanitário inadequado, a média da região chega a 70,75 por cento – bem acima dos 26,1 por cento da média nacional. (pulsar/brasil de fato)