Depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a construção do muro na fronteira com o México, na última sexta-feira (27), empresas do ramo da tecnologia, sediadas no chamado Vale do Silício, resolveram reagir.
Bisneto de imigrantes, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, publicou um texto em seu perfil no qual classifica a questão como “muito além de pessoal”, e narra um episódio vivido quando lecionava em uma escola onde muitos dos melhores alunos não tinham documentos legais.
O executivo-chefe do Google, Sundar Pichai, é de origem indiana e enviou uma nota de apoio a todos os funcionários da empresa, entre os quais pelo menos 100 devem ser afetados pelas medidas anti-imigração.
Na madrugada do último domingo (29), houve um protesto contra o presidente norte-americano no aeroporto de São Francisco, que contou com a presença de Sergey Brin, russo naturalizado americano e cofundador do Google. Além de Brin, estava Sam Altman, dono da Y Combinator, uma das principais incubadoras de startups do mundo.
Segundo o fundador da Netflix, Reed Hastings, as “medidas fazem com que a América seja menos segura, gera ódio e perda de aliados”. Jack Dorsey, cofundador do Twitter, disse que as repercussões eram “reais e tristes”. Para a Microsoft, Trump é “mal orientado”, e para a Mozilla, “ignora a história”. A Apple se manifestou afirmando que não apoia esta política.
Outras empresas, além de se posicionarem, colocaram seus serviços à disposição de refugiados e imigrantes. A rede Starbucks promete contratar dez mil refugiados nos próximos cinco anos. O AirBnB ofereceu alojamento em suas mais de três milhões de casas catalogadas.
Empresas de fora do ramo da tecnologia também se uniram ao coro. A Corona lançou um comercial criticando o muro de Trump na fronteira com o México e exaltando o orgulho latino. (pulsar/carta capital)