Tumulto e truculência policial marcaram a manifestação dos professores em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante toda a segunda-feira (30).
O protesto começou pela manhã com a chegada de representantes do magistério para apoiar um grupo de professores. Os manifestantes foram expulsos com violência pela Polícia Militar do interior da Câmara na noite de sábado (28).
O diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ (SEPE-RJ) Túlio Paulino afirma que após a opressão o sindicato pretende denunciar a truculência à Comissão de Direitos Humanos, além de responsabilizar juridicamente as autoridades que comandaram a ação policial.
Ao longo do dia o policiamento no Centro do Rio foi intensificado. Por volta das nove da noite, o Batalhão de Choque dispersou os black blocs que participavam da manifestação. Oito pessoas foram detidas e pelo menos outras seis ficaram feridas.
Na manhã desta terça-feira (1°) todas as ruas ao entorno da Câmara foram cercadas por grades de ferro e carros do Batalhão de Choque. A passagem de pedestre está restrita na região.
A manifestação de segunda-feira teve como objetivo pedir o cancelamento imediato do Plano de Cargos e Remunerações enviado pela Prefeitura aos vereadores. Os professores alegam que a proposta apresentada não representa o interesse da categoria.
De acordo com Túlio Paulino, o plano deve contemplar a mudança de nível por tempo de serviço e formação com percentuais que valorizem profissionais da educação; redução do número de alunos em sala de aula e melhoria na infraestrutura escolar. O salário do professor na rede municipal está orçado em R$ 1.140 e na estadual em R$1.300. A votação do projeto está marcada para hoje.
(Brasil de Fato/pulsar)