A Secretaria Nacional de Articulação Social e o Ministério Público do Pará convocaram uma mesa de negociação com moradores do bairro Independente Um, em Altamira, no sudeste do Pará. A comunidade reivindica reconhecimento como atingida pela barragem da usina hidrelétrica de Belo Monte. Para pressionar o governo federal, neste mês de setembro, os moradores ocuparam a sede do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O encontro acontece no próximo dia quatro de outubro.
De acordo com Jackson Dias, da direção do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), as 500 famílias que moram na comunidade não foram reconhecidas nos Estudos de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA), elaborado em 2007, como atingidos pela hidrelétrica de Belo Monte.
Considerada uma área de risco, chamada de baixio, as casas são feitas em palafitas com pontes improvisadas de pedaços de madeira, que servem de caminho para os moradores. Sem saneamento básico e água potável, as famílias ficam expostas a todo o tipo de doença.
Segundo Izan Passos, morador da comunidade há cinco anos, a área não foi saneada porque é uma parte alagada, não tem água e nem esgoto, então todas as famílias que moram na palafita e em torno da lagoa depositam os dejetos da lagoa. Passos conta que se viu obrigado a morar no Independente 1 devido a alta nos preços do aluguel, gerado pela chegada da usina em Altamira. (pulsar/brasil de fato)