No dia 7 de abril, quando se completa um ano da prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, movimentos populares e organizações políticas de 16 países, incluindo o Brasil, irão realizar ações articuladas na Jornada Internacional Lula Livre. As mobilizações vão até o dia 10.
Segundo os organizadores, “as manifestações dentro e fora do Brasil vão denunciar o caráter político da prisão do ex-presidente Lula”. Ele foi preso quando era apontado como favorito para ganhar as eleições presidenciais de 2018. O juiz que o condenou, Sérgio Moro, se tornou ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, principal beneficiado pela prisão do ex-presidente e a consequente retirada dele da corrida eleitoral.
No Brasil, 17 capitais já confirmaram agenda de mobilizações. Outras 32 atividades estão sendo organizadas em cidades de mais 15 países. “O processo difamatório e injusto, do qual Lula é vítima, provoca indignação no Brasil e no exterior”, destaca um comunicado do Comitê Lula Livre, que lembra ainda que o caso do ex-presidente é analisado pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Lula foi indicado em janeiro deste ano ao prêmio Nobel da Paz, em função do trabalho realizado de combate à fome no Brasil e em outros países. A indicação do ex-presidente ao prêmio recebeu o apoio de centenas de milhares de personalidades de todo o mundo, que entregaram um abaixo-assinado ao comitê avaliador do Nobel.
O ex-mandatário foi preso em abril de 2018, depois de ter sua condenação confirmada em segunda instância no caso que ficou conhecido como o “triplex do Guarujá”. (pulsar/brasil de fato)