A Justiça do Pará acolheu pedido do Ministério Público Estadual e determinou a prisão temporária, na última segunda-feira (10), de 11 policiais militares que atuaram durante o massacre de dez trabalhadores rurais no município de Pau D’Arco, no dia 24 de maio. Dois policiais civis também tiveram o pedido de prisão decretado.
A prisão tem prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogada por igual período. Os policiais participaram da operação para cumprimento de mandados na fazenda Santa Lúcia, ocupada na época por sem-terra. Os policiais afirmam que houve troca de tiros durante a ação, mas a perícia concluiu que nenhum dos carros ou coletes dos policiais foi alvejado, reforçando a versão das vítimas de que os policiais chegaram atirando ao local.
Os policiais estavam afastados das suas funções desde o dia 26 de maio, por determinação do governo do Estado.
A prisão dos policiais foi determinada dois dias após a morte a tiros de um líder camponês do movimento de ocupação da fazenda. Ele foi morto com três tiros, na cidade vizinha de Rio Maria –para onde fugiu após receber ameaças.
A Secretaria de Segurança Pública do Pará informou não descartar a hipótese de o crime ter ligação com o massacre, apesar de não ter ainda pistas dessa versão. O caso está sendo investigado. (pulsar/combate racismo ambiental)