O segundo Encontro Rádios Comunitárias e Software Livre ocorreu na Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), em Quito, no Equador, durante os dias 1, 2 e 3 de junho. O evento reuniu mais de 60 ativistas e comunicadores da América Latina para debater sobre o uso de programas e sistemas operacionais livres, ou seja, que não possuem licença restritiva.
O encontro destacou principalmente a tecnologia como ferramenta de empoderamento político para as rádios comunitárias, uma vez que os softwares desenvolvidos pela cooperação livre podem ser distribuídos, copiados e estudados pelo próprio usuário.
Como forma de estimular os participantes a utilizar os programas livres, os organizadores realizaram oficinas de capacitação técnica. Entre os temas estavam os editores de áudio Audacity e Ardour, os editores de imagem Gimp e Inkscape e a instalação de sistema operacional livre. As oficinas também abordaram questões ligadas à telefonia celular e internet, ao uso de licenças e a comunicação digital segura.
Segurança e privacidade foi um tema que esteve muito presente nas falas. Diferente das grandes corporações, os desenvolvedores que promovem a cultura livre se preocupam em preservar os dados do usuário na internet contra fins comerciais. Para que isso seja possível, a cooperação criou, ao longo dos anos, softwares que vão desde um navegador próprio, chamado Tor Browser, até um provedor de e-mail, criado por ativistas em 1999, chamado Riseup. O principal objetivo é garantir que o usuário tenha liberdade na rede e não tenha as suas informações pessoais controladas por empresas.
No site da Rede de Rádios Comunitárias e Software Livres é possível acessar mais informações sobre a filosofia da Cultura Livre e conhecer as rádios latino-americanas que já adotaram a prática nos seus estúdios. (pulsar)