Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, é crescente o número de mulheres formalmente empregadas na construção civil. Entretanto, elas não conseguem passar de assistentes de pedreiro, por mais qualificação que tenham.
No Pará, no polo industrial de Barcarena, os homens trabalham em siderúrgicas protegidos por roupas especiais para não serem contaminados por produtos altamente tóxicos. Já as mulheres são contratadas informalmente para lavar os uniformes deles sem proteção nenhuma.
No polo de confecções de Toritama, em Pernambuco, mais de 80 por cento das mulheres trabalham como costureiras em casa, informalmente, ganham um valor baixo por peça de roupa produzida e têm jornadas extensas de trabalho para conseguirem contribuir com a renda familiar.
Outro ponto em comum entre as trabalhadoras das três regiões pesquisadas é que todas cuidam da casa e dos filhos e, por isso, dormem muito pouco, estão sempre exauridas e não têm tempo para o lazer. (pulsar/rba)