O Ministério da Educação (MEC) emitiu nota na quinta-feira (4) informando os objetivos da nova Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares (Secim). De acordo com a subsecretária da Secim, Márcia Amarílio, o órgão deverá instaurar um novo modelo, que será instalado sob demanda e pretende resgatar a disciplina e a organização, principalmente nas escolas públicas de maior vulnerabilidade social.
O Secim é um órgão do Ministério da Educação, criado com o Decreto Federal 9 mil 665, de 2 de janeiro de 2019, que, conforme diz a nota, tem como objetivo democratizar o ensino de qualidade oferecido pelas escolas militares do Brasil.
A implementação do modelo, ainda de acordo com o MEC, vai depender de demanda das secretarias de Educação do país. Elas é que devem procurar o Ministério e apontar quais escolas poderiam receber o projeto da Secim.
Para o Deputado Distrital e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Fábio Félix (Psol-DF), os Colégios do Exército têm grande parte das vagas reservadas aos filhos dos militares e neles, assim como nos colégios da Polícia Militar, são cobradas taxas e mensalidades – quem não pode pagar, não pode estudar. Segundo Félix, é um modelo que, por definição, não é para todos.
Ele lembra também que “em uma das escolas militarizadas (no DF), havia um muro com um grafite, com o rosto de Nelson Mandela, ao lado da frase ‘a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo’, que foi pintado de branco. A brutalidade simbólica desse apagamento provocou enorme repercussão. A arte foi refeita, o que mostra que a liberdade, conquistada, se impõe!”, encerra. (pulsar/revista fórum)
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