A partir das seis horas da tarde desta sexta-feira (27), cicloativistas, adeptos e praticantes de ciclismo em geral, além de representantes de entidades de diferentes setores, se preparam para um novo ato contra a decisão da Justiça de São Paulo de paralisar as obras de construção de ciclovias na capital. Também estão programadas bicicletadas nas principais cidades e capitais do Brasil, bem como em cidades dos Estados Unidos, Alemanha, México, Chile, Costa Rica e diversos outros países, todos em apoio a São Paulo. O ato será realizado na Praça do Ciclista, na avenida Paulista, região central da cidade.
A prefeitura entrou na Justiça para suspender a liminar que determinou a paralisação de obras de novas ciclovias da cidade. Na última quinta-feira (26), o Tribunal de Justiça manteve, por unanimidade, a ciclovia em frente ao Colégio Madre Cabrini, na Vila Mariana, zona sul, que também havia sido questionada judicialmente. Para o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, a decisão pode ajudar no recurso da prefeitura pela retomada das obras.
A medida causou indignação entre os cicloativistas. Para eles, as ciclovias reúnem vários benefícios e já estavam colocadas na plataforma do prefeito Fernando Haddad, assim como os corredores de ônibus.
Para a cicloativista Aline Cavalcanti, a promotora do Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) que pediu a suspensão das obras está “completamente deslocada da discussão”. Segundo Cavalcanti, a promotora usa como base 80 reclamações, via ouvidoria, de moradores do Jardins, para questionar uma política pública.
Atualmente existem 235 quilômetros de ciclovias em funcionamento. A meta da prefeitura é implementar 400 quilômetros de ciclovias, até o fim do ano. A Ciclocidade, que monitora o uso e reúne estatísticas sobre a utilização do sistema cicloviário, afirma que, nos locais onde as ciclovias são implementadas, o crescimento da utilização “é enorme”. (pulsar/rba)