O suspeito do assassinato da militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Nilce de Souza Magalhães, conhecida como Nicinha, fugiu da Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo (Urso Panda), em Porto Velho, na madrugada da última segunda-feira (11).
Edione Pessoa da Silva era o único dos três réus apontados pelo primeiro inquérito da Polícia Civil que estava preso. Depois de três meses nem mesmo o corpo da ativista ainda foi encontrado.
Nilce era mãe de três filhas, avó de sete netos, pescadora e militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Rondônia. Ela lutava em defesa da vida e meio ambiente. A ativista era ribeirinha da beira do rio Madeira.
Ela “desapareceu” no dia 7 de janeiro de 2016, depois de ser vista na barraca de lona onde morava com seu companheiro Nei, em um acampamento com outras famílias de pescadores atingidos pela Hidrelétrica de Jirau, na localidade chamada de “Velha Mutum Paraná”, na altura do km 871 da BR 364, sentido Porto Velho-Rio Branco.
Nicinha foi vista pela última vez por uma companheira de acampamento quando estava cozinhando e lavando roupa em seu barraco no horário do almoço. Algum tempo depois, a mesma vizinha sentiu um cheiro de queimado e notou que Nilce havia desaparecido. (pulsar/combate ao racismo ambiental)